BIOMARCADORES EM LÍQUOR E EM LEUCÓCITOS NO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR, TRANSTORNO COGNITIVO MENOR E DOENÇA DE ALZHEIMER
Aluna: Jessyka Maria de França Bram
Orientador: Prof. Dr. Orestes Vicente Forlenza
Resumo: O acelerado processo de envelhecimento tem trazido não só mudanças no perfil demográfico, mas também no perfil epidemiológico da população. Entre os problemas de saúde encontrados em idosos, merecem destaque os transtornos mentais, visto que acometem cerca de um terço dessa população, sendo os transtornos depressivos (TD) e os transtornos neurocognitivos maiores (TNCM) os problemas de saúde mental mais prevalentes. O transtorno depressivo maior (TDM), bem como os transtornos neurocognitivos menores (TNCm), têm sido associados a maiores níveis de comprometimento cognitivo, além de aumentarem o risco de desenvolvimento de TNCM, principalmente Doença de Alzheimer (DA). Sendo assim, é importante que haja identificação preventiva de pessoas com maior risco para o desenvolvimento de DA a fim de proporcionar um tratamento precoce. Dessa maneira este estudo objetiva identificar processos biológicos na busca de marcadores liquóricos e periféricos comuns que demonstrem uma predisposição de idosos com TDM a desenvolverem TNCm, com altos índices de conversão para DA. Para tanto, será determinada a da expressão proteica das secretases ADAM10, BACE1 e PSEN1 e do peptídeo Aβ em leucócitos e líquor pelo método de western blotting.
EFEITO DE INIBIDOR DA COLINESTERASE NO METABOLISMO DA APP EM PLAQUETAS
Aluna: Tamires Alves Sarno
Orientador: Prof. Dr. Orestes Vicente Forlenza
Resumo: A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por uma neurodegeneração progressiva do sistema nervoso central (SNC). É a causa mais comum de demência e pode contribuir para 60-70% dos casos. É uma doença marcada por uma tríade patológica, caracterizada pelo acúmulo de agregados extracelulares da proteína beta amiloide (Aβ), originadas a partir de processos proteolíticos da proteína percursora do amiloide (APP) que originam as placas senis; os emaranhados intracelulares da proteína tau hiperfosforilada e a perda neuronal. Atualmente o diagnóstico da DA é baseado no DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos), porém, o diagnóstico final só pode ser feito post mortem, por meio de biópsia cerebral. Em condições fisiológicas normais, o processamento proteolítico da APP se dá através da via não amiloidogênica pela ação das α (ADAM10) e g secretases. Em condições patológicas a APP é clivada pela via amiloidogênica, produzindo os fragmentos tóxicos de Aβ42, pela ação das β secretases (BACE1). As plaquetas vêm sendo usadas como modelo de diagnóstico periférico, permitindo seu uso como marcador periférico do metabolismo cerebral, por refletirem certos processos fisiológicos do sistema nervoso central. A maior parte da APP circulante (95%) está presente nas plaquetas. As plaquetas possuem toda a maquinaria enzimática para produzir os subprodutos da APP através das enzimas beta secretase (BACE1), alpha secretase (ADAM10) e gama-secretases. O objetivo deste estudo é verificar o efeito dos inibidores da colinesterase sob o metabolismo da APP. Para tanto, fez- se um estudo longitudinal de 6 meses, onde avaliamos a razão da APP e as enzimas BACE1, ADAM10 e gama-secretase, em pacientes portadores de DA antes do inicio da medicação, 3 e 6 meses depois.
DETERMINAÇÃO DE FOSFOLÍPIDES PLASMÁTICOS NAS DOENÇAS NEUROPSIQUIÁTRICAS
Aluna: Alana Caroline Costa
Orientador: Wagner Farid Gattaz
Resumo: Os fosfolípides e moléculas relacionadas compreendem 60% da porção não aquosa do cérebro e em uma proporção até maior dos dendritos e sinapses; são os maiores constituintes das membranas de células neuronais e gliais, das membranas de vesículas sinápticas, do retículo endoplasmático nuclear, das membranas das mitocôndrias e do complexo de Golgi. Os fosfolípides são essenciais para todas as células vivas e, portanto, mudanças no seu metabolismo podem influenciar o organismo. Sabe-se que alterações no metabolismo de fosfolípides estão envolvidas em inúmeras doenças neuropsiquiátricas incluindo a doença de Alzheimer, esquizofrenia e o transtorno bipolar. Porém, estas alterações parecem ser distintas em cada doença neuropsiquiátrica. Determinar as alterações na composição de fosfolípides plasmáticos, em cada uma destas doenças, pode auxiliar na elucidação de mecanismos fisiopatológicos, e também na procura por candidatos a biomarcadores específicos para cada uma delas. Para isso, a cromatografia acoplada ao espectrômetro de massas é uma boa metodologia considerando que proporciona um perfil completo das substâncias a serem estudadas.
PROTEÔMICA DA ESQUIZOFRENIA: BUSCA POR CANDIDATOS A BIOMARCADORES EM PLAQUETAS
Aluna: Helena Passarelli Giroud Joaquim
Orientador: Prof. Dr Wagner Farid Gattaz
Resumo: Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico complexo que afeta cerca de 1% da população mundial. Apesar de progressos consideráveis nos últimos anos, a etiologia da doença ainda não foi elucidada. Principalmente por causa da heterogeneidade tanto do início quanto da progressão da doença. Além disso, frequentemente, os sintomas dos pacientes são comuns a outras desordens neuropsiquiátricas, dificultando a diferenciação e o diagnóstico por meio de métodos essencialmente clínicos. Por isso tem-se procurado identificar medidas baseadas em características moleculares que justifiquem e expliquem a etiologia da esquizofrenia. Já há alguns estudos com marcadores no cérebro, mas por esse ser um material com disponibilidade limitada, os esforços tem se concentrado em encontrar um biomarcador periférico (revisado em Rahmoune et al. 2013). Este estudo visa traçar um perfil protéico de plaquetas de pacientes drug-free e destes mesmos pacientes após resposta clínica ao tratamento. Comparando-os também com controles saudáveis. Buscando tanto um marcador de resposta ao tratamento quanto de doença. Para isso, a proteômica é uma boa metodologia considerando que proporciona um perfil completo das proteínas em determinado tempo e condição em determinado organismo.